e-revista Brasil Energia 486

106 Brasil Energia, nº 486, 19 de abril de 2024 empresas Eletrobras e Paul Wurth planejam produzir hidrogênio renovável A Eletrobras e a Paul Wurth Brasil assinaram memorando de entendimento (MoU) para a instalação de uma planta de hidrogênio renovável e oxigênio em processos industriais. A unidade terá 10 MW e será instalada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, próxima ao porto de Itaguaí. O acordo estabelece a base para o desenvolvimento de uma cooperação, com ênfase na produção de hidrogênio e derivados para impulsionar a descarbonização dos processos industriais e químicos. O negócio também visa atender à crescente demanda pelo combustível no mercado nacional. A parceria envolve estudos de viabilidade e engenharia conceitual, com previsão de conclusão em um ano. A iniciativa é resultado de um projeto iniciado há dois anos a partir de um acordo de confidencialidade entre as empresas, que representa um compromisso conjunto em buscar soluções sustentáveis para a indústria de metais. A produção será disponibilizada mediante consumo medido, por meio de um contrato de off-take de longo prazo, estimado entre sete a 10 anos. Quando operacional, a planta terá capacidade 37 vezes maior do que a plataforma de desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio renovável da Eletrobras, atualmente localizada na UHE Itumbiara, na divisa entre Minas Gerais e Goiás. Engie adquire usinas solares da Atlas por R$ 3,24 bilhões A Engie concluiu a aquisição de cinco complexos fotovoltaicos da Atlas Renewable Energy, que totalizam 661 MWp de capacidade instalada, pelo valor de R$ 3,24 bilhões. Os ativos, localizados na Bahia, no Ceará e em Minas Gerais, estão contratados no longo prazo, com 66% da capacidade comercial alocada no ACR e 34% no ACL. Com a aquisição dos conjuntos Juazeiro, São Pedro, Sol do Futuro, Sertão Solar e Lar do Sol, a empresa chega a 9 GW de capacidade instalada 100% renovável e, no país, o Grupo Engie alcança 10,5 GW, somando 1,5 GW relativos à sua participação na UHE Jirau. Segundo a companhia, a transação reforça um movimento iniciado em 2015, quando decidiu pela saída das operações de usinas térmicas a carvão. Atualmente, a Engie está expandindo seu parque gerador em mais 1,7 GW considerando a conclusão do complexo eólico Santo Agostinho em 2024, além dos complexos eólico Serra do Assuruá e solar Assú Sol em 2025. Outros investimentos em curso são dedicados à implantação de mais de 1.000 km de linhas de transmissão de energia elétrica que irão se somar aos 2.700 km já operados pela empresa no país.

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