e-revista Brasil Energia 486

12 Brasil Energia, nº 486, 19 de abril de 2024 petróleo Novas Fronteiras nos permitiu entrar em São Tomé e Príncipe foram os conhecimentos prévios que os nossos geocientistas já têm daquela área”, complementou. Mendes afirma que a Petrobras só vai realizar estudos sísmicos nas áreas adquiridas em leilão, como em Pelotas. O avanço da empresa sobre as demais bacias dependerá, portanto, da vontade do governo, que define os blocos a serem ofertados. “A gente precisa separar bem o papel da Petrobras como empresa de economia mista, do papel do governo. O governo é quem decide onde ele quer fazer leilões. A Petrobras, como empresa de economia mista, vai lá e adquire ou não”, disse o diretor. A ANP tem em mãos, atualmente, 188 áreas para oferecer ao mercado, entre as quais apenas 13 são de elevado potencial – 8 na Bacia de Campos e 5 na Bacia de Santos. A maioria, 151, é de nova fronteira, ou seja, há pouco conhecimento sobre elas. Poucos foram os poços perfurados nessas áreas e, em alguns casos, nunca houve descoberta. Para parte desse grupo, o acesso à infraestrutura e tecnologia ainda é desafiador. Na carteira de blocos de novas fronteiras da agência reguladora, quase a metade está localizada em águas profundas e ultraprofundas (são 68). Outros 43 estão em águas rasas e as demais, no ambiente terrestre. No universo marítimo, há dezenas de bacias, que se estendem pelas margens Equatorial (5 bacias) e Leste (12 bacias). Ao analisar o potencial brasileiro, a EPE destaca, especialmente, a “possibilidade de avanço das atividades de exploração e produção, na área pleiteada junto à ONU de extensão da Plataforma Continental Jurídica Brasileira, que demonstra, preliminarmente, uma JOELSON MENDES, diretor de Exploração e Produção da Petrobras: temos interesse em qualquer área que tenha bom potencial de petróleo JOÃO CLARK, geólogo e consultor: classificação de risco de uma área está diretamente ligada à capacidade tecnológica para explorá-la RODOFO SABOIA, diretor geral da ANP: sem a exploração de novas fronteiras, poderemos voltar a importar petróleo

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