Brasil Energia, nº 486, 19 de abril de 2024 49 A usina solar da Copa Energia, localizada em Mataripe (BA), registrou um impacto de redução de custo de 15% no primeiro mês operacional. Com investimentos de R$ 3,9 milhões, o projeto pode gerar anualmente até 1.400 MWh em condições climáticas normais. O presidente da empresa, Caio Turqueto, explicou, em entrevista à Brasil Energia, que o objetivo é estudar as regulamentações do mercado de energia para entrar em novas áreas posteriormente. O executivo afirmou que há expectativa de instalar outras duas usinas no Sudeste e a empresa conta com projetos voltados para o bioGLP. Veja a seguir alguns trechos da conversa. Qual a redução no consumo de energia que a unidade de Mataripe terá com a instalação da usina solar? Ela já gerou um impacto de redução de custo de 15% no primeiro mês operacional e vai ganhando eficiência à medida que permanece em operação. Essa unidade acaba sendo autofinanciável, tem um payback de quatro anos. Além de todas as outras vantagens, tem um retorno econômico relativamente grande. Considero como um bom investimento em todos os aspectos, desde econômico até ambiental. Se olhar o conjunto, a usina é um resultado muito interessante. Isso pode gerar uma economia para o consumidor final? Não tem uma relação direta com o preço do consumidor final porque o impacto de custo vem mais no custo de produto. É tão marginal que não impacta. É uma economia operacional que vai possibilitar a evolução de outros processos sem incrementar a energia. Estamos com a tendência de automatizar várias outras áreas. E pretendem expandir a atuação no setor? Essa é a primeira usina que temos como Copa Energia, mas, como Copagaz, temos uma unidade em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que era abastecida por uma fazenda solar e nós jogávamos no grid. Também temos outra unidade em Cuiabá, em Mato Grosso, que segue o mesmo processo. Agora, esperamos, com licença, construir uma planta no município de Franca (SP) para abastecer duas ou três bases da Copa Energia. Será uma usina maior que a de Mataripe, na Bahia. Por fim, estamos aguardando um sinal para começar um outro projeto no município de Duque de Caxias (RJ). Será um projeto em evolução, mas talvez não ganhe escala tão rápido porque o payback não é tão imediato e demanda espaço e licença operacional. Também tem o mercado livre de energia, en-
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