e-revista Brasil Energia 486

78 Brasil Energia, nº 486, 19 de abril de 2024 Especial Vitória PetroShow 2024 Colibri (RN) e no campo de Rio Mariricu (ES) e tem blocos exploratórios na bacia do Paraná. O que fazer com a água? Nós focamos na produção de petróleo, com ESG forte. Isso é muito legal, porque pra gente produzir 400 barris de petróleo, produzimos 6.000 barris de fluido total, ou seja, 5.500 barris são de água. A gente trata a água, limpa a água e classifica a água para ser recebida no meio ambiente, dentro das normas. Parte dessa água reinjetamos no reservatório e metade serve como irrigação de mata nativa. Agora também temos projetos de biomassa com a Universidade do Semi-árido (Ufersa), em Mossoró, projetos com eucalipto, com mamona e cártamo, para gerar biodiesel. Estamos projetando gerar riqueza para a região, usando essa água não só para irrigação de mata nativa, mas também para geração de riqueza de biomassa. E aí sim fazer compensação de carbono, chegar ao primeiro campo maduro net zero. Royalties para os proprietários de terra Quando nós compramos o ativo de Cardeal e Colibri, a antiga operadora que nos vendeu não fazia o pagamento dos royalties direto aos proprietários de terra que não tinham toda a documentação. Nós procuramos quem não tinha as licenças e paramos de pagar em juízo. Resolvemos o problema com nossos advogados e hoje todo mundo tem documento e dos 200 proprietários, 199 hoje recebem os royalties em dia. A gente entende que a transformação social do petróleo em terra é ali, na veia, no momento. A gente acredita nessa história do social e por isso que é Ubuntu, eu sou porque nós somos. Investida em CCS Nossa outra empresa, a Manacá, foi encubada e hoje estamos simulando o armazenamento definitivo. Capturar o CO2 não é a parte mais difícil, mas a parte mais simples do processo. Agora, fazer o armazenamento, estudar a geologia de onde se pode colocar, como monitorar o comportamento do CO2, como irão ocorrer as interações químicas e geológicas lá embaixo, é o que estamos fazendo hoje. Já estamos fechando a parceria para venda de créditos de carbono e iniciando o licenciamento de poços na bacia do Paraná, no estado de São Paulo. Nos próximos meses vamos ter anúncios mais importantes e possivelmente no final do próximo ano ou pro início de 2026 vamos perfurar o primeiro poço na bacia do Paraná para fazer essa injeção. Nós adquirimos o bloco na bacia do Paraná para produção de gás, mas tem um potencial enorme para armazenamento de CO2. Eu tenho compromisso com a ANP de perfurar poços para gás, mas a ANP conhece o meu projeto de CO2. A gente quer aproveitar essa perfuração para fazer uma avaliação ou uma testemunhagem mais longa, fazer interação geoquímica. Se não tiver gás, eventualmente podemos injetar CO2.

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