O Cepel conta com Laboratório de Alta Potência em Adrianópolis, em Nova Iguaçu (RJ), subdividido nas áreas de ensaios de alta corrente e de alta potência Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 101 Em 1971, quando surgiu no MME a ideia de se criar um centro de pesquisas para o setor elétrico brasileiro (SEB), então pressionado a crescer pela expansão econômica do país sustentada pela política de substituição de importações, a vocação hídrica da geração elétrica no Brasil já era uma realidade. O complexo Paulo Afonso (BA), no rio São Francisco, teve sua primeira usina (Paulo Afonso I) inaugurada em 1955. Furnas, no rio Grande (MG), começou a ser construída em 1958 e o estudo de inventário dos rios do Centro-Sul do país, incluindo a grande bacia do Paraná, feito pelo consórcio internacional Conambra, foi concluído em 1966, servindo de base para a grande expansão hidrelétrica que se seguiu no país. Faltava um núcleo de pensamento que desse maior autonomia tecnológica a essa vocação, sintonizado com a busca de redução da dependência internacional. Foi daí que surgiu, em 1974, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), após três anos de estudos feitos por técnicos da Eletrobras, de sua então subsidiária Furnas (incorporada à holding em 2024) e do canadense Institut de Recherche de l’Hydro-Quebec (Ireq). Passados 51 anos da criação desse órgão, é possível afirmar que muitos objetivos foram amplamente alcançados. Nascido como uma associação civil sem fins lucrativos, vinculada à Eletrobras, o Cepel é hoje um centro de pesquisas mundialmente respeitado, cuja contribuição foi e segue sendo decisiva para o desenvolvimento de tecnologias de equipamentos e de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). São dele, por exemplo, os modelos computacionais Newave, Decomp e Dessem, responsáveis por guiar o planejamento econômico-operacional do ONS nas decisões de quais as usinas e fontes devem ser despachadas no longo/médio, curto e curtíssimo prazos, na
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