e-revista Brasil Energia 492

112 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 tecnologia da Cemig. De acordo com o gerente de Projetos de Redes e Telecom da distribuidora mineira, Sandro Bernardes Oliveira, a empresa terá a maior rede LTE privativa no Brasil e talvez na América Latina. No edital, lançado dia 27 de janeiro último e encerrado em 17 de fevereiro, o objetivo da iniciativa ficou claro: implementar uma rede multisserviços que envolve a automação de religadores, concentradores de medição e “eventualmente prover a comunicação de veículos”, ou seja, a frota da distribuidora. Oliveira comenta que a implantação da rede privativa vai aumentar a disponibilidade da comunicação de dados para automação da rede elétrica e, por consequência, fortalecer a resiliência do sistema elétrico da Cemig, principalmente em relação aos eventos climáticos severos. “Hoje utilizamos a rede LTE das operadoras de telefonia públicas, redes que não possuem a disponibilidade requerida para os serviços de missão crítica, como é o caso da distribuição de energia elétrica. Para melhorar o atendimento aos clientes, tendo cada vez mais uma rede elétrica disponível e resiliente, é necessário a migração da comunicação para um sistema próprio, adequado ao nível de serviço esperado”. Ronaldo Santarém, vice-presidente da UTC América Latina (UTCAL), entidade que reúne especialistas em telecom das elétricas, explica que a rede da Cemig terá 88 ERBs em 33 cidades de todo o estado, na faixa de 450 MHz. “É uma primeira resposta do setor à Anatel, mostrando que realmente existia uma demanda represada de conexão, esperando pela liberação das frequências”. Em conversa com a Brasil Energia, ele conta que, antes da liberação oficial da frequência de 450 MHz, algumas empresas desenvolveram projetos em 250 MHz. Religadores na Cemig: empresa vai implementar rede multisserviços com nova rede LTE privativa Foto: Divulgação/Cemig

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