e-revista Brasil Energia 492

114 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 tecnologia O projeto mais recente da Neonergia, no entanto, acontece em Brasília, e foi ativado no ano passado. Trata-se de uma rede multisserviço, na faixa de 450MHz, envolvendo a instalação de quatro estações rádio-base (ERBs) no Distrito Federal, com expansão planejada para outras regiões a partir deste ano. Segundo a distribuidora, o licenciamento das estações para uso de rádio frequência está autorizado pela Anatel pelo prazo de 15 anos e seria o primeiro para uso desta frequência no país. Com o currículo de duas experiências diferentes, Carneiro avalia que as redes LTE privativas oferecem uma infraestrutura de comunicação confiável para a transmissão dos dados, com alta capacidade de conexão, além de impulsionar a distribuidora a explorar novas oportunidades, incluindo a aplicação da Internet das Coisas (IoT) em sua rede. Oliveira, da Cemig, à frente do novo projeto da distribuidora, avalia que o movimento de implantação de redes privativas é uma tendência, no que é apoiado por outro especialista ouvido pela Brasil Energia, Marcelo Entreconti, chefe da área de vendas da Nokia para esse segmento. No Brasil, a fabricante europeia atende o grupo Iberdrola, com soluções para aprimorar a automação da rede e otimizar a comunicação com equipes de campo, o que influiria na melhoria da eficiência operacional e na redução dos tempos de interrupção. No mercado de energia, Entreconti vê aplicações reais a partir das redes próprias, caso dos drones conectados a 4G/5G, equipados com câmeras HD ou térmicas, além de sensores Lidar. Esse exemplo viabiliza as inspeções remotas em locais perigosos ou de difícil acesso. São usos que reduzem a necessidade de inspeções baseadas em veículos, reduzindo o consumo de combustível e, em consequência, de emissões. De acordo com ele, um dos fatores-chave na implementação de redes privadas sem fio para empresas de energia é a disponibilidade de espectro. A faixa de 410/450 MHz é crucial, na sua avaliação, para comunicações confiáveis. Isso é particularmente mais impactante em áreas rurais ou remotas, onde frequências mais baixas são necessárias para cobrir longas distâncias e penetrar obstáculos como edifícios e árvores. “Com a evolução da indústria de energia, a conectividade confiável tornou-se mais crítica do que nunca”, comenta Entreconti. “A crescente adoção de redes inteligentes, recursos energéticos distribuídos (DERs) e automação de redes aumentou a necessidade de redes de comunicação seguras e de alto desempenho”. n Esta matéria é parte integrante da Série Especial “Novos Modelos e Tecnologias em Energia”, produzida pela Brasil Energia com o apoio de

RkJQdWJsaXNoZXIy NDExNzM=