Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 15 | POR EUGÊNIO MELLONI | Cinquenta anos depois que o Governo lançou o Proálcool e quase 40 passados desde que o programa sucumbiu vitimado por uma crise no abastecimento do etanol, a lembrança de um programa que não deu certo começa a ceder lugar para um panorama mais promissor. Nesse período, o país se tornou autossuficiente e até exportador de petróleo, o carro movido a álcool hidratado perdeu espaço para os motores flex e os novos elétricos e híbridos ganharam as ruas, sinalizando um futuro de menos emissões de GEE nos transportes. A Brasil Energia foi ouvir como se mobiliza o setor de etanol frente aos novos tempos. “Entendemos que estamos entrando em um mundo em que vão conviver diversas soluções”, disse Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria da Cana de Açúcar e Bioenergia (Unica), entidade que congrega produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade. “Falar de veículo elétrico compartilhado no centro da capital paulista faz sentido. Mas na rodovia Belém-Brasília não”. A entidade considera que o país contará com múltiplas soluções, entre veículos elétricos plug-in, híbridos, flex, híOferta garantida: produção do etanol de cana ocorre entre abril e dezembro, enquanto o de milho é produzido o ano inteiro Foto: Tadeu Fessel/Unica
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