Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 17 te pegar um veículo flex hoje rodando com etanol, o nível de emissão dele por quilômetro rodado está abaixo do patamar de um veículo elétrico da Europa e quase no mesmo patamar de um veículo elétrico no Brasil, se a gente considerar o conceito de poço à roda”. A tecnologia flex, com motores que consomem gasolina e etanol, representa atualmente mais de 90% das vendas de veículos de passageiros. O etanol representa entre 45% e 46% do combustível utilizado nos veículos leves, substituindo a gasolina. A Unica calcula que os veículos flex evitaram, de 2003, quando foram lançados, a dezembro de 2023 a emissão na atmosfera de cerca de 660 milhões de toneladas de CO2. De acordo com o estudo “Trajetórias tecnológicas mais eficientes para a descarbonização da mobilidade”, elaborado pela LCA Consultores e pela MTempo Capital a pedido do MBCB, o setor de transporte contribuiu com 13% do total das emissões de CO2 em 2018, ante uma média de 17% observada em países como Estados Unidos, China, União Europeia e Índia. A principal razão para isso, segundo o estudo, decorre do fato de a frota de veículos leves contar com grande participação da tecnologia flexfuel. O etanol, contudo, ainda precisa superar a preferência dos usuários de carros flex pela gasolina, fruto ainda, segundo uns, da imagem deixada pela crise de abastecimento do etanol do fim dos anos 80 ou apenas de uma simples conta de preços. As diferentes alíquotas tributárias nos estados da federação produzem também efeitos na competitividade do proCarros flex representam 90% das vendas de veículos e evitaram a emissão de cerca de 660 milhões de t de CO2 desde que foram lançados, em 2003
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