e-revista Brasil Energia 492

Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 19 substituirá o QAV no transporte aéreo. A IATA - International Air Transport Association estima que o SAF poderia contribuir com cerca de 65% da necessidade de redução nas emissões de GEE para que o setor atinja o net zero em 2050. Aprovada no ano passado, a Lei do Combustível do Futuro prevê a substituição, a partir de 2027, de 1% de querosene de aviação por SAF, em uma escala progressiva que termina em 10% de substituição em 2037. Já há um conjunto grande de plantas em estudos e projetadas, na esteira da demanda prevista no setor da aviação para sua descarbonização. E o SAF tem características idênticas ao QAV, com baixa emissão. Há em testes seis rotas tecnológicas possíveis para a produção de SAF. A rota mais avançada, e que parte do óleo vegetal, esbarra, contudo, na oferta limitada dessa matéria prima para atender a demanda prevista. Na sequência, a rota com maior potencial usa a tecnologia Alcohol-To-Jet (ATJ), com a qual são necessários 1,7 litros de etanol para a produção de 1 litro de SAF. A Unica tem recebido delegações de vários países interessados em entender como se dá essa via tecnológica e em abril próximo envia comitiva ao Japão. Já a aplicação do etanol em motores pesados é algo mais desafiador. “O nosso histórico é de veículos leves. Em relação aos pesados, há alguns testes de substituição do diesel por etanol, mas em fase embrionária e em condições muito especificas”, diz Rodrigues. É o Foto: Divulgação/Logum Etanolduto da Logum em São Paulo: infraestrutura e logística bastante desenvolvida no país permite o suprimento do etanol em todas as regiões

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