e-revista Brasil Energia 492

Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 29 Unidade de craqueamento da RPR processará renováveis em julho Além das quatro unidades novas na refinaria Riograndense, os sócios Petrobras, Ultra e Braskem estão adaptando outras partes da planta industrial. Uma das principais mudanças ocorre no atual Craqueamento Catalítico Fluido (FCC), que passará a processar renováveis a partir de julho deste ano, afirmou à Brasil Energia o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. O executivo revela que os produtos serão praticamente os mesmos produzidos atualmente a partir de petróleo, mas todos verdes. A Riograndense tem atualmente capacidade de produção de 2,7 mil m3/dia de derivados (17 mil barris/dia). Em 2024, foram produzidos nafta, óleo combustível, gasolina, diesel e solventes. A RPR realizou neste mês de março, com sucesso, o teste de coprocessamento de 5% de óleo de pirólise de biomassa ou bio-óleo (matéria-prima de biomassa não alimentar) com carga mineral. Dessa forma, a refinaria se tornou a primeira do país em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico. O craqueamento catalítico é um dos principais processos de conversão utilizados em refinarias de petróleo em todo o mundo, responsável por quebrar moléculas provenientes do petróleo gerando produtos como GLP, gasolina, diesel e insumos para a indústria química. Para a realização do teste, a FCC da RPR passou por adaptações, de modo a viabilizar o processamento concomitante entre bio-óleo e gasóleo proveniente do petróleo. O catalisador empregado é da linha ReNewFCC, produzido pela Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC), uma joint venture entre a Petrobras e a Ketjen, que atua na produção de catalisadores e aditivos para a indústria de refino. (S.L.) n Unidade de craqueamento catalítico (FCC) da RPR já está em adaptação para processar combustíveis renováveis Foto: Divulgação/RPR

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