Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 3 Para quem desconhece o fato de que o Brasil e a França já estiveram em guerra pela posse da Guiana Brasileira, hoje conhecida como Estado do Amapá, vale pesquisar os autos da História. Uma sugestão: pesquise-se “Invasões Francesas no Brasil” na Wikipedia e muitos se surpreenderão com as inúmeras investidas, desde a época do Descobrimento até a última em 1961, quando a Guerra da Lagosta chegou a mobilizar forças militares dos dois lados. A França, apesar de tantos fatos históricos, não parece ser o único país de onde se originam interesses a cobiçar o território amazônico brasileiro. O que dizer dos grupos financiados por recursos do exterior, que sustentam um ativismo feroz aqui contra a exploração do petróleo no Amapá? Recursos milionários investidos na suposta defesa dos manguezais não levam em conta a qualidade de vida de seus habitantes. Ecologia é importante, mas não é tudo. Os artigos assinados nesta edição pelos colunistas Rubem Souza – A carência na Amazônia de uma indústria de O&G presente – e Wagner Victer – Exploração na Margem Equatorial e os benefícios ao meio ambiente – ou a entrevista do governador do Amapá da edição anterior – “O Amapá tem direito a uma nova matriz econômica com o petróleo” sustentam bem as motivações dos que são pró. Os que são contra precisam trazer argumentos válidos e transparentes que somem créditos a suas motivações. A queda de braço entre brasileiros prós e contras a exploração do petróleo no mar do Amapá ou na floresta é perfeitamente legítima. Ninguém lá fora, com seus interesses, precisa nos ensinar essa cartilha. Certamente, nunca alcançaremos a unanimidade sobre esse tema, mas a democracia, com seus pesos e contrapesos, sempre prevalece. No Brasil e outside Brazil. Celso Knoedt Diretor Presidente edição 492 sumário olá leitor, TRANSIÇÃO ENERGÉTICA 14 Os vários caminhos do etanol na mobilidade MOBILIDADE ELÉTRICA 22 Infraestrutura de recarga elétrica cresceu 22% BIORREFINO 26 Riograndense terá quatro novas unidades para produzir sem petróleo 29 Unidade de craqueamento da RPR processará renováveis em julho HIDRELÉTRICA 48 A hidrovia do Tocantins e a modernização de Tucuruí 78 Spic espera poder antecipar entrega de potência de São Simão 82 Modernização de Ilha Solteira e Jupiá terá R$ 240 milhões em 2025 84 O apetite das hidrelétricas na volta aos leilões HIDROGÊNIO 92 O etanol ganha status global para a mobilidade elétrica net zero 97 Projetos recuam no Hemisfério Norte, mas tem incentivos no Brasil PETRÓLEO 64 Transpetro avalia novos investimentos em ship to ship, inclusive na Margem Equatorial 74 Campo de Wahoo previsto para operar ainda neste ano ARMAZENAMENTO 68 Mercado de baterias no Brasil vai atrair R$ 22,5 bi até 2030 70 Capacidade global de produção de baterias chega a 1,45 TWh NEGÓCIOS 106 Blended finance pode reforçar avanço do Brasil como potência verde
RkJQdWJsaXNoZXIy NDExNzM=