e-revista Brasil Energia 492

Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 37 sição energética e descarbonização, em 2023 e 2024, um montante de R$ 5,62 bilhões oriundo do FNDCT. Esse aporte representou o equivalente a 22,9% do total de aportes apoiado pela instituição. Os recursos foram direcionados, nos dois anos, a 324 projetos relacionados com a transição energética e a descarbonização. Desses projetos, poucos foram finalizados. Isso porque, conforme explica Hamatsu, os projetos duram, em média, 30 meses. Ele destacou que os resultados das pesquisas e projetos financiados pela Finep são acompanhados pela instituição, com o objetivo de verificar se atingiram as metas previstas e se os recursos foram utilizados adequadamente. De acordo com a Finep, os volumes aplicados em 2023 e 2024 cresceram quase quatro vezes em relação a 2021 e 2022, em decorrência tanto do processo de descontingenciamento do FNDCT quanto do início da vigência da política industrial Nova Indústria Brasil. Considerando-se os projetos voltados para transição energética, o movimento foi similar, com uma contratação cerca de quatro vezes superior nestes dois últimos anos em relação ao período 2021-2022. Para onde vão os recursos Os recursos do FNDCT têm permitido o desenvolvimento de pesquisas em diferentes frentes da transição energética. Os projetos contemplados abrangem desde projetos envolvendo o hidrogênio verde até tecnologias que reduzem o consumo de combustíveis em caminhões. Um dos projetos, contemplado com R$ 12,5 milhões, visa a produção de hidrogênio a partir do biogás. A ideia é obter o hidrogênio verde a partir da reforma catalítica a seco do biogás proveniente do tratamento de esgoto doméstico e utilizá-lo como fonte enerPlanta piloto de produção de petróleo sintético a partir de biogás e hidrogênio verde, parceria da UFPR com CIBiogás instalada no Parque Tecnológico de Itaipu: o óleo sintético pode produzir diesel verde e SAF Foto: Divulgação

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