38 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 inovação gética para mobilidade. O projeto está sendo desenvolvido pelo CiBiogás, Sanepar e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Entre os projetos que contam com os financiamentos estão várias alternativas de biocombustíveis. Um dos projetos, desenvolvido pela S.Oleum em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ) e a Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) visa o desenvolvimento de tecnologia para produção de etanol 2G a partir da torta de macaúba, que é um coproduto do processo de extração do óleo da macaúba. O projeto recebeu R$ 4,7 milhões por meio da Finep. Outro projeto nessa linha de biocombustíveis é o desenvolvimento de uma planta demonstrativa para produção de SAF a partir do biogás, que será convertido em petróleo bruto sintético. Essa rota ainda não foi explorada comercialmente. O projeto está sendo desenvolvido pela Geo Biogás & Tech em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM). O projeto recebeu R$ 11,5 milhões via Finep. O Centro Tecnológico Randon (CTR) é uma das instituições da iniciativa privada beneficiadas com recursos do FNDCT. O centro foi criado pela Randon Corp., empresa brasileira que desenvolve soluções para o transporte, com o objetivo de desenvolver e testar veículos comerciais e leves, além de componentes automotivos e industriais. Segundo informações do CTR, os recursos do fundo foram utilizados na estruturação de laboratório para testes de segurança ativa, passiva e de durabilidade. Com as melhorias, tornou-se possível simular, de forma ainda mais fiel, as condições reais de utilização dos veículos e seus componentes e contribuir para o ciclo de descarbonização nos testes de durabilidade e validação de produtos, informou o centro. A instituição tem entre suas conquistas na área de descarbonização o desenvolvimento do e-Sys, um sistema de tração auxiliar elétrico para caminhões. O projeto, capitaneado pela Suspensys, empresa do grupo Randon, não contou, porém, com recursos do FNDCT. O sistema auxilia a recuperação de energia gerada durante movimentos de descida e frenagem, permitindo o uso dessa energia quando é necessária uma tração maior, como em subidas e ultrapassagens. Segundo o CTR, dependendo da forma como é utilizado o sistema e das condições de carregamento e das estradas, pode-se obter uma economia de combustível de até 20%. Estimativas do CTR indicam que, com essa redução de consumo, se obtém uma diminuição na emissão de carbono de até 96 toneladas por ano. n Esta matéria é parte integrante da Série Especial “Ações em Transição Energética”, produzida pela Brasil Energia com o apoio de
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