50 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 hidrelétricas e Maranhão até desaguar na Baía do Marajó, no norte do Pará. Mas com a obra da usina hidrelétrica, foi criado um desnível de 74 metros no rio e deixou o pedral à mostra no período da seca. Eclusas foram construídas para permitir a navegação, criando o Sistema de Transposição de Tucuruí – com duas eclusas, ligadas por um canal intermediário com 5,5 quilômetros de extensão. Na época da cheia, a hidrovia funciona até Lajeado, em Tocantins. Mas por causa das pedras no rio até hoje não é possível o tráfego regular de comboios no período da seca. O Sistema de Transposição de Desnível da UHE Tucuruí foi inaugurado em novembro de 2010 e entre abril de 2011 e abril de 2016 foi operado e mantido pela Eletronorte. Nesse ano, passou a ser operado pelo Dnit mas, desde 2018, a infraestrutura ficou sem a adequada manutenção e impossibilitada de operar. Questão ambiental Há uma polêmica enorme em torno do projeto de retirada das pedras para permitir a volta da navegabilidade total do curso d’água. O rio Tocantins é importante não somente para a produção de energia, mas também porque atende diretamente a uma população de quase 8 milhões de habitantes, além de permitir o escoamento de grãos da região Centro-Oeste e ter relevância ambiental. Parte da população que vive às suas margens – ribeirinhos, indígenas e quilombolas – garante sua alimentação e renda CORREDOR DO TOCANTINS Imagem: Dnit
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