e-revista Brasil Energia 492

Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 59 rio nas utilidades de geração, gestão, eficientização ou de armazenamento de energia, aí incluindo retrofit de instalações ou novas unidades, e recebe do cliente pelo aluguel das plantas ou por meio de contratos de assinatura. O modelo livra o candidato a autoprodutor de correr atrás de um financiamento e se comprometer com o endividamento decorrente. Além disso, o EaaS entra no balanço como despesa dedutível do imposto de renda. Às vantagens financeiras e tributárias somam-se os benefícios operacionais. Ao terceirizar o serviço de utilidades para uma empresa especializada em energia, comprometida por contrato e por penalidades a garantir eficiência e ganhos, o cliente se concentra em seu negócio. Energy e utility as a service Uma das empresas pioneiras nesse modelo de negócios, a francesa GreenYellow, oferece também serviços chamados utilities as a service, no qual instala no cliente sistemas novos ou moderniza outros em operação (retrofit), cobrando também por meio de aluguel das plantas (as utilities). De acordo com Marcelo Xavier, presidente da GreenYellow, já há no Brasil mais de mil projetos implantados nesse modelo. Os clientes buscam tanto descarbonizar suas atividades como reduzir a conta de energia, principalmente em sistemas de iluminação, ar-condicionado, refrigeração, central de água gelada, bombas de calor e de ar comprimido. Tanto nos projetos greenfield quanto de retrofit, o conceito é o mesmo: em vez de o cliente fazer a gestão do consumo de energia e da performance dos equipamentos, deixa essas tarefas na mão de seu fornecedor. A empresa, no mesmo modelo, investe e implanta usinas solares fotovoltaicas para geração distribuída para diversos tipos de empresas. Até o fim do ano, segundo Xavier, já serão mais de 250 MW em UFVs para operadores de GD compartilhada por assinatura ou para empresas de telecom e varejo que, com muitas unidades consumidoras, se compensam de créditos da geração nas suas faturas de consumo. Para se financiar, além dos recursos do fundo de private equity Ardian, que Telhado solar Revo: a empresa faz o investimento e trabalha com prazos contratuais de seis a 15 anos, oferecendo como atrativo um aluguel da planta em valor 15% a 20% inferior à conta do consumidor Foto: Divulgação

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