e-revista Brasil Energia 492

90 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 hidrelétricas do dos atuais 1.710 MW para 2.850 MW com o acréscimo de quatro UGs de 285 MW (1.140 MW) às seis do mesmo porte hoje existentes. Mas desde o anúncio do LRCAP feito no ano passado que a empresa optou por ocupar neste primeiro momento apenas um dos quatro “poços” livres existentes na sua barragem, última da cascata do rio Paranaíba (GO). No final de janeiro deste ano a CEO da empresa, Adriana Waltrick, anunciou que disputaria o leilão com apenas uma UG de 310,5 MW, concretizando o planejamento original. Com isso, São Simão poderá passar a ter 2.020,5 MW de capacidade, permanecendo com três “poços” disponíveis para futuras ampliações. A usina opera desde 1978 e originalmente pertencia à Cemig, tendo sido arrematada pela SPIC em leilão realizado pela União em 2017. A Cemig, que também perdeu Jaguara em 2017, vai para o leilão com a ampliação em 163 MW da UHE Três Marias. A usina, primeira da cascata do rio São Francisco, inaugurada em 1962, poderá passar dos atuais 396 MW (seis UGs de 66 MW) para 559 MW, somando duas UGs de 81,5 MW, segundo o projeto levado à Aneel. A ampliação de Porto Primavera (Engº Sérgio Motta), da Auren, para a disputa será quase que exatamente dentro do previsto no estudo da EPE, somando quatro UGs de 109,8 MW (total de 439,2) às 14 de 110 MW hoje existentes e que dão os seus 1.540 MW de capacidade instalada. Opera desde 1999. As três menores ampliações entre as usinas que se mobilizaram para disputar o LRCAP serão, respectivamente, das UHE Fontes Nova, Cachoeira Dourada e Itapebi. Das três, apenas a segunda, da Enel, está no estudo da EPE. Localizada no Paranaíba (GO/MG), a usina vai receber uma nova UG de 98 MW, passando dos atuais 658 MW para 756 MW. Fontes Novas, da Light, localizada no Complexo Lajes (RJ), que aproveita a transposição do rio Paraíba do Sul para o rio Guandu com o objetivo de abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro para gerar energia, projeta receber três novas UGs de 53,33 MW cada, somando 160 MW à sua capacidade atual de 132 MW e passando a poder gerar até 292 MW. Finalmente, a ampliação da UHE Itapebi, no rio Jequitinhonha (BA), será a menor programada para a disputa do leilão. O projeto enviado pela Neoenergia para a Aneel prevê a instalação de duas novas UGs de 15 MW cada, com a capacidade de geração da usina, inaugurada em 2003, passando de 462 para 492 MW. Cabe ressaltar que as ampliações decorrentes de vitórias no LRCAP não somarão às usinas para despacho diário de energia pelo ONS. Elas ficarão disponíveis para as necessidades instantâneas de potência do SIN e receberão uma receita anual fixa por isso, à moda das linhas de transmissão. n Esta matéria é parte integrante da Série Especial “Hidrelétricas, Água e Sustentabilidade”, produzida pela Brasil Energia com o apoio de

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