e-revista Brasil Energia 492

94 Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 hidrogênio veículos leves. A montadora mira os mercados dos EUA, Tailândia, Índia e China e considera o uso das células de combustível a partir do gás natural, o que permitiria à empresa explorar mercados como a Rússia ou, alternativamente, o biometano em outros mercados. Na geração estacionária de energia, a empresa japonesa desenvolveu outra rota com o uso do etanol produzido a partir do sorgo. Os testes estão sendo feitos na fábrica em Tochigi, no Japão, para aumentar a eficiência do processo. “Uma área da fábrica já está sendo alimentada por essa tecnologia”, contou Abe. A expectativa é que o sistema possa atender à demanda das operações a partir de 2030, contribuindo para o processo de descarbonização da montadora. A Toyota também vem participando de pesquisas de tecnologias que tornem comercialmente possível o uso do etanol em carros elétricos no Brasil. Ao lado da Shell, Raízen, Hytron e do Senai CETIQT, a montadora japonesa já colabora com as pesquisas realizadas pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), fundado pela USP, Fapesp e Shell e com patrocínio de outras petroleiras, inclusive Petrobras, e montadoras. Por sua vez, a Hyundai Motors Brasil projeta para 2030 o lançamento dos seus primeiros veículos elétricos alimentados por células de combustível com hidrogênio obtido a partir do etanol. A empresa avalia que a infraestrutura e a logística já existente para o etanol representam uma enorme vantagem comparativa para essa tecnologia, quando comparada com os veículos elétricos, que contam com uma rede bastante restrita de eletropostos. A montadora coreana também tem planos de uso da tecnologia em veículos pesados, como caminhões e ônibus, e em unidades industriais, planos que incluem as próprias fábricas da Hyundai. Pesquisas nas universidades Unicamp e USP estão engajadas em programas distintos e complementares para desenvolver o uso de células a combustível a partir do Na via estacionária, a conversão etanol-hidrogênio fica em um posto de combustível, onde o veículo carregará o H2 em cilindros altamente pressurizados semelhantes aos de GNV Foto: Divulgação/Nissan

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