e-revista Brasil Energia 492

Brasil Energia, nº 492, 28 de março de 2025 95 etanol. Ambas as universidades veem a tecnologia como uma das alternativas mais adequadas para a descarbonização de veículos leves, não apenas no Brasil, mas em qualquer país que produza hidrocarbonetos de biomassa. A USP está desenvolvendo no RCGI testes na primeira estação experimental do mundo dedicada à produção de hidrogênio renovável a partir do etanol. Os pesquisadores buscam rotas não só para veículos leves, mas também pesados e aviões. “O Brasil tem condições únicas para esse desenvolvimento, considerando nossa infraestrutura já consolidada para o etanol”, destacou Julio Meneghini, diretor científico do RCGI. Já foram investidos nas pesquisas R$ 50 milhões. Além da Shell como patrocinadora fundadora, o centro conta com dotações da Raízen, Hytron (agora parte do Grupo Neuman & Esser), Senai CETIQT, Toyota, Hyundai, Marcopolo e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Na planta-piloto, o hidrogênio é obtido por meio da reforma a vapor do etanol. Trata-se de um processo por meio do qual o etanol interage com água a altas temperaturas, resultando na liberação de hidrogênio. Para os pesquisadores do RCGI, essa tecnologia se destaca por sua eficiência e pelo balanço de emissões, uma vez que o CO2 liberado no processo é biogênico e pode ser compensado no ciclo do cultivo da cana-de-açúcar. A planta-piloto tem capacidade para produzir 100 quilos de hidrogênio por dia, Fábrica inteligente da Nissan em Tochigi, Japão, utiliza etanol a partir do sorgo para geração estacionária Foto: Divulgação

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