e-revista Brasil Energia 485

14 Brasil Energia, nº 485, 29 de fevereiro de 2024 petróleo pamentos). Tem um atraso aqui e ali, mas, no geral, está controlado. Não há nenhum alerta de impactos. Hoje, a fase é de fabricação. Foi concluída a fabricação do umbilical, a entrega de todos os pipelines. Tem muito material subsea. Já estamos na reta final de entrega, ainda neste primeiro semestre devem chegar os barcos para fazer as instalações no campo. Quando começa a perfuração na área? Saindo a licença do Ibama, a gente começa a perfurar. Não tem grande segredo. Em Wahoo, serão quatro poços produtores, em uma região bem dominada em termos de perfuração do pré-sal. O campo já foi muito perfurado no passado, temos muitos dados. Não chega a ser uma grande ameaça. Na parte de instalação de linhas também não tem nada muito diferente. São desafios normais da indústria. O cronograma de entrega e instalação dos equipamentos pode ser atrapalhado pelo atraso da licença do Ibama? As entregas já estão acontecendo. Outras vão acontecer no fim do primeiro trimestre. O segundo trimestre seria focado nas instalações, estamos aguardando a licença ambiental para iniciar a perfuração e depois a instalação. É possível receber o material e não instalar. Isso causa um atraso de cronograma, pode acontecer. A gente acha que não, que o cronograma não está comprometido. O primeiro óleo deve ocorrer no terceiro trimestre deste ano. A Prio tem blocos na Foz do Amazonas. Há esperança de produzir na região? Esperança tem. Em algum momento isso vai desatar. Não é estratégico, não está em nossa prioridade. Esses ativos vieram como legado de aquisições. Mas, se surgir algo… A Foz do Amazonas está muito distante da Bacia de Campos, onde estão os ativos da Prio. A gente dá muito valor à sinergia. O compartilhamento de ativos facilita a resolução de problemas, a divisão de custos. Não está em nosso plano arriscar (em áreas distantes de nova fronteira). Tem quem faça isso muito bem. Cada um no seu quadrado. Está no radar aumentar a vida útil das plataformas? É inerente à missão de quem trabalha com campos maduros fazer manutenções para estender a vida útil. Temos um grande projeto em Albacora Leste, que já foi feito antes em Polvo e Tubarão Martelo e está sendo feito em menor escala em Frade. Em Albacora Leste vamos além de 2040. Temos autorização da ANP para isso. Há planos de digitalização das unidades? A digitalização fala muito com a eficiência, que significa menor custo. Existem algumas iniciativas, que devem ganhar cada vez mais força nos projetos. Há uma dificuldade enorme, porque, como trabalhamos em campos maduros, as unidades foram fabricadas há muitos anos. É um desafio. Estamos tentando encontrar formas de viabilizar isso (a digitalização). Hoje, utilizamos inteligência artificial em algumas tarefas, que vão desde a interpretação sísmica até a manutenção específica de um motor elétrico e de uma bomba, por exemplo. n

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