e-revista Brasil Energia 485

54 Brasil Energia, nº 485, 29 de fevereiro de 2024 petróleo que estamos considerando no futuro. A intenção é expandir”, afirmou o presidente do complexo logístico na época, José Firmo, após a assinatura do contrato com a estatal, em setembro do ano passado. A visão é que o Porto do Açu tem potencial para funcionar como um hub de descomissionamento, mas não para atuar diretamente na fase de desmonte, porque não conta com dique seco disponível para isso. “O Açu já tem uma vocação natural para condensar o hub subsea e expandir para um hub de descomissionamento do topside”, complementou na entrevista. Em seu plano estratégico para o período de 2024 a 2028, a Petrobras informa investimento de US$ 11,4 bilhões no desmantelamento de plataformas. Para os próximos cinco anos, está prevista a reciclagem de 23 unidades. Outras 40 passarão pelo processo a partir de 2029. O principal projeto é o de substituição de embarcações instaladas na Bacia de Campos, como parte de um projeto de revitalização que vai custar US$ 18 bilhões e acontecerá até 2027. A região ficará com 71% do investimento de US$ 11,4 bilhões. Por enquanto, a Petrobras contratou apenas o descomissionamento das plataformas P-32 e P-33. A Ecovix e a Gerdau venceram as duas concorrências. A P-32 já está no Rio Grande e a expectativa é que a P-33 seja encaminhada para o estaleiro após 60 dias. Esse é o prazo de pré-descomissionamento definido no contrato entre a Petrobras e o Porto do Açu. Shell conclui desconexão dos risers dos campos de Bijupirá e Salema O contrato de descomissionamento do subsea do projeto da Bacia de Campos foi assinado com a Subsea7 | POR ANA LUISA EGUES | A Shell concluiu, em fevereiro, a desconexão dos risers dos campos de Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos. O contrato de descomissionamento do subsea do projeto foi assinado com a Subsea7, e a campanha teve início em dezembro de 2023. “Foram várias as atividades predecessoras, muito planejamento, estudos e análises para concluir essa operação de forma exemplar em todos os pontos de vista. O primeiro passo da desconexão do navio foi executado, agora mais atividades, e planejamentos, estudos e análises para essa reta final”, afirmou Ana Letícia Ciscotto, Líder de Operações e Integridade da Shell, em publicação feita no LinkedIn em fevereiro. A reta final, no caso, está relacionada às seguintes atividades: preparo do FPSO Fluminense, que operava para o projeto; desconexão final das amarras e navegação da plataforma para reciclagem em estaleiro na Dinamarca, prevista para este ano, segundo informações da Shell. A empresa M.A.R.S. Europe receberá a embarcação. Os campos de Bijupirá e Salema estão localizados em lâmina d’água de 600 m a 800 m, e são operados pela Shell (com 80% de participação) em parceria com a Petrobras (20%). O ativo entrou em operação em 1993,

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