e-revista Brasil Energia 485

90 Brasil Energia, nº 485, 29 de fevereiro de 2024 tecnologia & inovação po será tomada apenas em meados de 2028, após sua qualificação. Ele aposta alto no potencial do Hisep, principalmente quando se trata de viabilizar projetos de E&P que estão na carteira da petroleira, mas que ainda encontram-se na etapa de pré- -declaração de comercialidade devido à falta de viabilidade no cenário atual. “Há uma grande ‘ansiedade’ da Petrobras para ver o ‘primeiro óleo’ do Hisep acontecer”, adiantou. Enquanto os níveis de CO2 em Mero atingem o patamar 45%, Júpiter, no pré- -sal da Bacia de Santos, possui 78%, o que o torna um candidato natural para aplicação futura do Hisep. A Petrobras conseguiu adiar por cinco anos a declaração de comercialidade do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) do poço 1-BRSA-559A-RJS, onde foi constatado elevado teor de CO2 na acumulação. Uma das justificativas da companhia para solicitar a prorrogação à ANP foi justamente o fato de que avançou no projeto do Hisep. A concessão, arrematada na 3ª Rodada, é operada pela Petrobras (80%) em parceria com a Petrogal (20%). Cronograma Pelo cronograma do projeto, o Hisep deve entrar em operação em meados de 2028 e, depois de comprovada a tecnologia e concluídos os testes, a ideia é que esteja disponível para uso em outros campos. “Boa parte da planta de processo na plataforma é dedicada à separação e à injeção de gás. Com o Hisep eu abro espaço para aumentar a capacidade de produção mesmo nas unidades existentes. Mas isso é para depois da maturidade do projeto, até lá a gente acredita que o Hisep vai desalavancar muitas soluções intermediárias que podem, então, trazer um avanço e utilização nas nossas unidades”, disse o diretor Travassos. “Esse desenvolvimento piloto vai mostrar como essa ferramenta vai poder ser usada, inclusive licenciada, para outros parceiros ou para outras empresas interessadas em usá-la no mundo”, completou Prates. n VINICIUS DE FRANCA MACHADO, gerente de Libra: uma expectativa de nacionalização muito alta FÁBIO PASSARELLI, consultor do Cenpes: Brasil na vanguarda do processamento submarino mundial

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